Serão ofertados dois minicursos no XIII EPED, que ocorrerão de forma simultânea na manhã do segundo dia do evento (13 set. 2023, das 09h às 12h30).
Confira abaixo os resumos e as bibliografias de cada minicurso.
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VAGAS
Há, para cada minicurso, 20 vagas disponíveis, a serem preenchidas por comunicadores/as e ouvintes. As vagas serão preenchidas por ordem de inscrição.
INSCRIÇÕES
Inscrições encerradas.
VALORES
Participantes com apresentação de trabalho (comunicadores/as) no XIII EPED: inscrição gratuita.
Participantes sem apresentação de trabalho no XIII EPED: R$25,00.
Para aqueles/as que já realizaram inscrição como ouvinte e já pagaram a taxa, não será necessário pagar novamente.
O pagamento deve ser realizado somente após o recebimento de e-mail de confirmação. Informações para pagamento estarão na aba Inscrições, prazos e valores.
Queerificando a língua portuguesa: linguagem não-binária de gênero no Brasil
Iran Ferreira de Melo (UFRPE)
Feminismo Negro Decolonial
Tatiana Cavalcante de Oliveira Botosso (USP)
Resumo
Os estudos queer da linguagem correspondem a um conjunto de abordagens centrado na discussão em torno da abjeção das existências humanas, notadamente quanto à subalternização das identidades e performances de gênero e sexualidade. No Brasil, um eixo desses estudos se debruça sobre discursos disruptivos que questionam a duonormatividade de gênero, dentre eles a chamada linguagem não-binária ou linguagem neutra. Este curso, discutirá introdutoriamente o escopo de uma linguística queer e apontará uma cartografia da linguagem não-binária no português brasileiro, com o objetivo de propor reflexão sobre o papel de uma linguística aplicada crítica como glotopolítica de gênero em nosso país.
Bibliografia
BAGNO, Marcos. Linguagem neutra e fascismo. Blog da Parábola Editorial, São Paulo, 22 Março 2023. Disponível em: https://www.parabolablog.com.br/index.php/blogs/linguagem-neutra-e-fascismo.
BORBA, Rodrigo. A linguagem importa? Sobre performance, performatividade e peregrinações conceituais. cadernos pagu, n. 43, p. 441-474, jul.-dez. 2014. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-8333201400430441.
BORBA, Rodrigo. Linguística Queer: uma perspectiva pós-identitária para os estudos da linguagem. Revista Entrelinhas, v. 9, n. 1, p. 91-105, jan.-jun. 2015. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/entrelinhas/article/view/10378.
MELO, Iran Ferreira. Linguística Queer: que tiro é esse, viado? In: MELO, Iran Ferreira de; AZEVEDO, Natanael Duarte (orgs.). Corpos dissidentes, corpos resistentes: do caos à lama. Campina Grande: Realize eventos, 2020, p. 11-24.
MELO, Iran Ferreira. Notas sobre linguagem e não binariedade de gênero. In: LIMA, Ana Maria Pereira; SOUZA, José Marcos Rosendo de; DIOGO, Sarah Maria Forte (orgs.). Letramentos: diversidade e resistência. São Carlos: Pedro & João Editores, 2023, p. 13-22.
Resumo
A mobilização internacional das mulheres negras se intensificou a partir dos Encontros Feministas da América Latina e Caribe, que tiveram início na década de 1980. Contudo, a partir do questionamento do machismo no movimento negro e do racismo no movimento feminista, foi criada a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas, Afro-caribenhas e da Diáspora em 1992. O campo do feminismo negro dessa Região é formado por vozes insurgentes que transitam entre o movimento social e a academia, em diálogo com as teorias decoloniais e o conceito de interseccionalidade.
Bibliografia
BOTOSSO, Tatiana Cavalcante de Oliveira. Vozes insurgentes: o discurso do feminismo negro na América Latina e Caribe. 2021. Tese (Doutorado em Integração da América Latina) - Integração da América Latina, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021. DOI: http://doi.org/10.11606/T.84.2021.tde-02072021-112818.