Conferências

 

Conferência de Abertura

Prof. Dr. Clécio Bunzen (DEC - UFPE)

 

 

Biodata

Hoje docente no Departamento de Ensino e Currículo da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Clécio Bunzen é graduado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco, mestre e doutor em Linguística Aplicada pela Universidade Estadual de Campinas e realizou pós-doutorado na Universidade do Minho, em Portugal. Coordena atualmente o GPEL (Grupo de Pesquisa em Educação Literária) e pesquisa principalmente temas relacionados a livros didáticos de Língua Portuguesa, letramento escolar e educação literária. Organizou obras como "Português no Ensino Médio e Formação de Professores" (Editora Parábola) e "Livro Didático de Português: políticas, produção e ensino" (Editora Pedro João).

Currículo Lattes

 

Publicações recentes

1) BUNZEN JÚNIOR, C. S.; MELO, E. M. . Minha vida tá um Mar de Bering: leitura subjetiva do miniconto "Confissão" na educação de jovens e adultos. Revista de Estudos de Cultura, v. 10, p. 133-146, 2024. DOI: https://doi.org/10.32748/revec.v10i26.22317

2) NEVES, C. A. B.; BUNZEN JÚNIOR, C. S. Letramentos literários na contemporaneidade: criticidade e subversão. Trabalhos em Linguística Aplicada, v. 60, p. 608-611, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/010318131108451220211027

3) PEREIRA, I. S. P.; GIL, M.; BUNZEN, C. S. Wordless Picturebooks as Resources for the Construction of the Pedagogy of Multiliteracies. The Case of Migrants, by Issa Watanabe. Children's Literature in Education, v. 54, p. 1-21, 2023. DOI: https://doi.org/10.1007/s10583-023-09544-w

 

 


 

Conferência 02: Linguagem e educação linguística na contemporaneidade: lições do pensamento decolonial

Profa. Dra. Ana Paula Duboc (FEUSP)

Resumo: Partindo da pergunta que orienta o XV EPED, qual seja, “Como os discursos plurais, com suas múltiplas vozes e perspectivas, podem contribuir para uma educação mais democrática e inclusiva?” e considerando-se o compromisso do debate decolonial com agendas educacionais culturalmente sensíveis e socialmente justas, pretendo, nessa fala, refletir sobre algumas contribuições dos estudos decoloniais para o campo da linguagem e da educação linguística. Para tanto, serão focalizados estudos que vem se debruçando mais detidamente a questões atinentes ao nosso campo, como os conceitos de colonialidade da linguagem (Veronelli, 2021) e raciolinguística (Rosa e Flores, 2017). Fundamentados na ideia de diferença colonial (Mignolo,2018) e de zona do não ser (Fanon, 2008), esses estudos lançam um olhar sobre como a linguagem, associada a determinados entendimentos de civilidade e humanidade, operou como importante critério do projeto moderno colonial, posicionando determinados sujeitos em um lócus de déficit. Ao legitimar os usos heterogêneos das práticas linguageiras em uma perspectiva que acolhe a ideia de opacidade na comunicação e nas relações humanas (Glissant, 2008), a crítica decolonial visa reposicionar o sujeito rumo à zona do ser. Disso decorre a seguinte indagação: o que pode um olhar decolonial para o discurso e a linguagem na imaginação de uma educação outra?

Biodata

Docente da área de Linguagem do Departamento de Metodologia do Ensino e Educação Comparada da Faculdade de Educação da USP, atua, também, no Programa de Pós-Graduação em Educação da FEUSP. Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de São Carlos, Mestrado em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês pela Universidade de São Paulo e Doutorado pelo mesmo programa com estadia na University of Manitoba, Winnipeg, Canadá. É membro do corpo editorial das revistas Reading Research Quarterly, English Teaching: Practice & Critique, Intercultural Education e Revista Brasileira de Linguística Aplicada. Coordena o ELCo, Grupo de Pesquisa Educação, Linguagem e Colonialidades. Desde 2021, co-coordena o Projeto Nacional de Letramentos (https://letramentos.fflch.usp.br/) ao lado do Prof. Dr. Daniel Ferraz (FFLCH). Sua pesquisa abrange os seguintes temas: educação linguística em perspectiva crítica e decolonial, multiletramentos, letramento crítico, e formação de professores de línguas.

Currículo Lattes


Publicações recentes

1) RODRIGUES, L. A. D. e DUBOC, A. P. M. Student teachers? knowledge production processes within socially just educational principles and practices in Brazil. Social Justice in English Language Teacher Education in Latin America. London: Routledge, 2024, v. 1, p. 35-47. DOI: https://doi.org/10.1080/13540602.2022.2062719

2) DUBOC, A. P. M. Thinking ELT otherwise lessons from decoloniality. In: Vander Tavares. (Org.). Social Justice, Decoloniality, and Southern Epistemologies within Language Education. London: Routledge, 2023, v. 1, p. 129-144. DOI: https://doi.org/10.4324/9781003332336

3) SOUZA, L. M. T. M e DUBOC, A. P. M. De-universalizing the decolonial: between parentheses and falling skies. Gragoatá (UFF), v. 26, p. 876-911, 2021. DOI: https://doi.org/10.22409/gragoata.v26i56.51599

 

 

 


 

Conferência 03: O ensino de argumentação na educação básica em perspectiva interacional e emancipadora: possibilidades e desafios 

Profa. Dra. Isabel Cristina Michelan de Azevedo (DLEV - UFS)

Resumo: Cientes de que argumentar é essencial para o efetivo exercício da cidadania, defendemos que o ensino da argumentação em perspectiva interacional e emancipadora, ao focalizar a práxis social, parte do princípio de que a participação social relativa às questões de interesse da coletividade precisa ser continuamente ampliada. Em outras palavras, não basta viver em um país democrático, é o exercício diário, contínuo e sistematizado de ações cooperativa/colaborativa que pode fortalecer a democracia brasileira. Isso posto, para analisarmos as especificidades desse ensino, nesta palestra, pretendemos analisar experiências de ensino de argumentação como prática social de linguagem, ou seja, aquelas que visam ao desenvolvimento da agência e, consequente, da interação e do empoderamento de estudantes, professores e outros agentes sociais. Do ponto de vista teórico-metodológico, priorizamos dados advindos de experiências didático-pedagógicas alinhadas à concepção dialógica da linguagem, aos estudos de letramento de vertente sociocultural, aos multiletramentos, aos estudos da argumentação como um processo interacional que visam à perspectiva da educação crítica e emancipadora.

Palavras-chave: Ensino de argumentação emancipadora. Multiletramentos. Educação crítica.

Biodata

Docente do Departamento de Letras Vernáculas (DLEV) da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Isabel Cristina Michelan de Azevedo é graduada em Pedagogia pela Universidade de São Paulo e Letras pelo Centro Universitário Assunção, mestre em Comunicação e Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e doutora em Letras pela USP. Atualmente é coordenadora do grupo de pesquisa GPARA (Grupo de Pesquisas em Argumentação e Retórica Aplicadas) e colíder do grupo ELAD (Estudos de Linguagem, Argumentação e Discurso). Seus principais interesses são teorias do discurso e da argumentação, ensino da argumentação, de leitura e literatura e da produção textual.

Currículo Lattes

 

Publicações recentes

1) AZEVEDO, I. C. M.; BATISTA, J. S. ; HORA, B. V. A. R. O ensino da leitura argumentativa e multimodal do texto oral de opinião. Revista Fórum Identidades, v. 39, n. 1, p. 77-91, 2024. DOI: https://doi.org/10.47250/forident.v39n1.p77-91

2) SOARES, E. S.; AZEVEDO, I. C. M.; BARCAT, I. M. Teoria e análise argumentativa em produções discursivas multimodais: o caso do uso de advergames na discussão relativa ao humanismo digital crítico. Revista da Abralin, v. 23, n. 2, p. 383-412, 2024. DOI: http://doi.org/10.25189/rabralin.v23i2.2195

3) AZEVEDO, I. C. M. O papel da argumentação e da esperança em momentos de crise social e educacional. In: AZEVEDO, I. C. M.; AZEVEDO, G.; MOLINA, M. E. (Org.). Ensino de argumentação: prática social, formação e agência. Campinas: Pontes Editores, 2025, v. 1, p. 37-88. Disponível aqui

 

 


 

Mesa-redonda de encerramento: O potencial dos estudos discursivos no ensino de língua portuguesa 

Educação e ensino: o potencial dos estudos discursivos e o desafio da disciplinarização escolar

Prof. Dr. Manoel Luiz Gonçalves Corrêa (DLCV - USP)

Resumo: Centrando a atenção no potencial dos estudos discursivos – particularmente, na presença da análise dialógica do discurso e da análise do discurso francesa no campo da Linguística Aplicada – e refletindo sobre esse potencial tanto no âmbito geral das propostas educacionais, quanto em sua contribuição para as  propostas de ensino, esta apresentação busca chamar a atenção para modos possíveis de presença dos estudos discursivos na disciplinarização escolar.

Biodata

Manoel Luiz Gonçalves Corrêa é professor sênior do DLCV-FFLCH-USP. Defendeu seu mestrado e seu doutorado no IEL-UNICAMP e sua livre-docência na USP. Seu campo de estudo é a produção escrita e os letramentos, em cujas abordagens aplicadas tem buscado introduzir uma visão discursiva.

Currículo Lattes

 

Publicações recentes

1) CORRÊA, M. L. G. Letramentos em perspectiva histórica do império da escrita aos sonhos do pós-pandemia. Muiraquitã: Revista de Letras e Humanidades, v. 1, p. 1-15, 2022. DOI: https://doi.org/10.29327/210932.1.1-2

2) MOREIRA, J. V. ; CORRÊA, M. L. G. Sobre a escrita acadêmico-científica: o ensaio da perspectiva de pós-graduandos. REDIS: Revista de Estudos do Discurso, v. 2, p. 168-201, 2024. DOI: https://doi.org/10.21747/21833958/red15a6

3) CORREA, M. L. G. O repetível de um gênero do discurso e o repetível da história: centralização e universalização. Linha D’Água, v. 37, n. 4, p. 23-39, 2024. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v37i4p23-39

 

 

Notas sobre o ensino de língua portuguesa: contribuições da estilística sociológica de Bakhtin e o Círculo

Profa. Dra. Maria Inês Batista Campos Noel Ribeiro (DLCV - USP)

Resumo: O ensino da língua portuguesa continua sendo um desafio para os professores da educação básica. Nesta conferência, o objetivo é discutir algumas contribuições teóricas da estilística sociológica desenvolvida por Mikhail Bakhtin e o Círculo. Tomando como ponto de partida, o estilo e a estilística, temas quase desprezados do ensino de português, discutir o quanto esta abordagem bakhtiniana favorece uma prática pedagógica centrada na interação discursiva e na formação de estudantes críticos e responsivos.

Biodata

Professora doutora na área de Filologia e Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo. Líder do grupo de pesquisa (CNPq) Linguagens, discurso e ensino (LIDE). Coordenadora do GT da ANPOLL Estudos Bakhtinianos. As pesquisas focam nos temas da teoria bakhtiniana, leitura de textos verbo-visuais, ensino de língua portuguesa, estudos da argumentação.

Currículo Lattes

 

Publicações recentes

1) CAMPOS, M. I. B.; MITSUNARI, N. A. S. A temática das fake news no ensino da argumentação. Revista Odisséia, v. 9, n. Esp., p. 64-85, 2024. DOI: https://doi.org/10.21680/1983-2435.2024v9nEspecialID34812

2) CAMPOS, M. I. B.; SANTOS, T. J. F. Discurso e ensino na perspectiva dialógica da linguagem. In: CAMPOS, M. I. B.; SANTOS, T. J. F. (Org.). Discurso e ensino na linguística aplicada: propostas e interseções. 1ed. São Paulo: FFLCH/USP, 2021, v. 1, p. 8-24. DOI: https://doi.org/10.11606/9786587621944

3) CAMPOS, M. I. B. A concepção de polêmica velada em duas edições da obra de Bakhtin sobre Dostoiévski. Bakhtiniana - Revista de Estudos do Discurso, v. 16, n. 2, p. 90-108, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/2176-457348617